MOUSSE DE CHOCOLATE – Roberto Vasco

Quem conhece a Moreninha?
Sim cada um tem a sua!
O congresso também tem:
Lucia Matos luz da lua!
Com o seu manto escarlate,
a mousse de chocolate,
é aquela escultura nua.

Nua de toda a soberba,
e também de preconceito,
consciência, é seu travesseiro,
sem inveja, pior defeito.
Pureza, sem vaidade,
razão da felicidade,
da dignidade e respeito.

Tem uma parte mulher,
a outra parte é entidade,
Nanã da terra e luar,
singela dualidade,
meia Deusa, meia gente,
em cada mundo presente,
sutil, materialidade!

Mousse doce, como amor!
Fustigada tem pimenta,
mais ardente que a fogueira,
provocou, agora aguenta:
É pimenta malagueta,
estoura qual espoleta,
mas, com o amor, acalenta.

Total, a causa se entrega,
exemplo de abnegação!
Tem o céu como limite,
na ética e na razão.
Com saber e competência,
primando pela decência,
provê a coordenação!

Não querendo ser submissa,
sabe agir com resiliência,
se mudar for impossível.
Porém com muita paciência,
se é possível a mudança,
luta com perseverança!
Faço a minha reverência!

Finalmente a apoteose:
a avenida iluminada,
no chão, tapete vermelho.
Com graciosa passada,
a mousse de chocolate,
com o seu manto escarlate,
evolui quase apressada!

Agito em Paquetá!
Eleita a musa da festa,
Lúcia Matos, na cabeça,
Tiara e estrela na testa,
Chega a mousse, maravilha,
“Troveata” pela ilha,
aplaudir é o que nos resta!

Roberto Vasco