A ponte chora, a pedra sorri – Marília Galante
Na curva serena da ilha encantada
A ponte da saudade repousa calada
Sobre as águas conta, num lamento doce
As lembranças que o tempo jamais adormece
Quem passa por ela, sente no peito
O eco de um beijo, um amor desfeito
É ponte que leva, mas nunca se vai
Guarda segredos que o coração atrai.
Mais adiante, sobre o céu estrelado
Está a pedra dos namorados
Ali dois corações, ou mais de mil
Juraram promessas num sonho sutil
A brisa que sopra, conhece os amantes,
Sabe dos risos, dos olhos brilhantes
Pedra firme, guardiã do querer
Onde o tempo não cansa de florescer
A ponte chora o que ficou pra trás
Entre saudade e paixão acesa
Mora a beleza da vida
Com toda certeza.
Por
Marília Galante Mendes